— Especialista em videojogos.
Especialista em gaming e computadores
Há anos que, infelizmente, as novidades no desenvolvimento de telefonia móvel não têm a mesma capacidade de nos surpreender como antigamente. À exceção dos telefones com ecrã flexível, cuja popularização ainda parece distante, poucas são as marcas que lançam telefones verdadeiramente inovadores. A Nothing Company, fundada em 2020, pretende trazer-nos de volta a esses tempos em que, pelo menos, as marcas se arriscavam nos designs dos seus telefones. O Nothing Phone (2), lançado a 11 de julho passado, é um telefone que aprofunda as linhas mestras do primeiro terminal da empresa e que aprofunda em alguns aspetos. Se tens este telefone no radar para os próximos descontos da Black Friday 2024, interessa-te saber o que a crítica especializada pensa dele.
Um design diferente e especial
A primeira coisa que te vai chamar a atenção no Nothing Phone (2) é o seu aspeto. Se o conheces, parecer-te-á familiar, com uma caixa semi-transparente que te permitirá ver o seu interior na parte traseira. Mas o grande argumento de compra tem a ver com o poder que dá aos utilizadores para se desligarem do telefone e usá-lo apenas para o que é necessário. Umas tiras led personalizáveis na parte traseira encarregam-se de funcionar como avisos de notificações de diferentes aplicações e oferecem a possibilidade de escolher que informação queremos que ilumine o telefone.
O que a crítica pensa do Nothing Phone (2)?
Mas o nosso trabalho não é analisar o telefone, mas contar-te o que a crítica especializada disse dele. Trazemos-te cinco críticas (quatro de sites anglo-saxónicos, uma espanhola) que resumem em linhas gerais tudo o que é bom e mau do Phone (2), não só em questões de design ou notificações, mas também em aspetos como o seu ecrã, a câmara ou a duração da bateria.
Para The Verge, o Phone 2 é tudo aquilo que o Phone 1 queria ser e não conseguiu. O uso das tiras led para as notificações não só funciona como é uma opção de design que o distingue do resto. A bateria melhorou consideravelmente e o seu ecrã é do melhor que podes encontrar numa gama média. Contra? O facto de só ter certificação IP54 significa que não é submergível nem resistente ao pó.
Em GSMArena destacam o novo processador, um Qualcomm Snapdragon 8 Gen 1, que lhe permite competir com outros telefones de gama alta sem renunciar a um preço mais próprio da gama média. Mas neste site avisam: o Phone (2) não é um substituto do (1), mais uma versão de gama alta do primeiro terminal da empresa. A taxa de atualização do ecrã e os altifalantes do terminal também recebem alguns elogios. Contra, além da certificação IP54, a ausência de um modo com altas taxas de atualização para jogar jogos, o que pode levar a alguns problemas de desempenho nesta área.
Wired vai direto ao assunto e destaca o seu ecrã, longa duração da bateria e uma camada de Android desenhada com muito bom gosto. E embora acrescente que o jogo de leds é interessante, adverte que por enquanto parece ser mais uma distração divertida do que um acréscimo que realmente se vá consolidar na indústria da telefonia. No capítulo das desvantagens, a revista lembra que o Pixel 7A, um dos grandes concorrentes do Nothing Phone (2), tem um conjunto de câmaras superior e a um preço inferior (100 dólares no mercado americano) ao do terminal em questão.
Para Endgadget, o Nothing Phone (2) é uma alternativa para aqueles utilizadores que estão cansados de telefones aborrecidos de gama média. A interface dos leds traseiros, uma interface de ecrã em tons monocromáticos e a sua bateria são os aspetos mais destacados. O problema, por ser uma startup que não tem os meios para competir com gigantes como a Apple, Google ou Samsung, é que a empresa tem de cortar funcionalidades em algum aspeto. Para a Endgadget, o conjunto de câmaras está "um ou dois níveis abaixo" do que oferece um Pixel 7, especialmente em fotografia noturna.
Por último, emEm Espanha, encontramos o Xataka, que elogia a integração dos leds com o software do telefone, mas que, por outro lado, também aponta a contradição entre o facto de criar um telefone que pretende que não vivas dependente dele, mas que tenha notificações que não se apagam até que as verifiques. O site também destaca o design do telefone e a sua longa bateria e, em linha com o resto das críticas, lamenta que a câmara não esteja à altura da concorrência. No entanto, o melhor que pode dizer do Nothing Phone (2) é que é um dos terminais com uma melhor relação qualidade-preço.
Sem dúvida, à vista das críticas especializadas e das opiniões dos utilizadores, parece evidente que o Nothing Phone (2) se consolidou no mercado dos telemóveis de gama média por preço com especificações partilhadas com a gama alta. Eu não perderia de vista quando chegarem as próximas ofertas de smartphone da PcComponentes na Black Friday.
Especificações Nothing Phone (2)
Dimensões | 161,1x76,4x8,6mm |
Peso | 201,2 gramas |
Ecrã | LTPO OLED 6,7” |
Resolução | 1080x2412 píxeis |
Processador | Qualcomm Snapdragon 8+ Gen1 |
Armazenamento | 128GB + 8GB RAM / 256GB + 12GB RAM / 512GB + 12GB RAM |
Câmara frontal | 32MP, f/2.45 |
Câmaras traseiras | Sensor principal 50MP, f/1.88 OIS / Grande angular 50MP f/2.2 |
Bateria | 4.700mAh |
Sistema Operativo | Android 13 |
Preço | A partir de 659 euros |