Pilha vs bateria: o que considerar ao compará-los
Temos de comparar estes dois sistemas de alimentação para ver o que mais nos convém, alguma aposta sobre qual é o melhor?
Autonomia
Em primeiro lugar, devo dizer que mais do que a alimentação, o que determina a autonomia é a tecnologia sem fios que se usa. Tradicionalmente, as bandas sem fios de 2.4 GHz consomem mais bateria do que o Bluetooth da última versão, embora geralmente ofereça menos latência. Dá uma olhada no rato sem fios vs rato bluetooth.
Se reparares nos ratos ou teclados sem fios que são vendidos, não trazem conectividade bluetooth da última geração: costuma ser sempre 5.0 ou algo semelhante. A vantagem de um dispositivo sem fios vir com as últimas versões Bluetooth é que se vai melhorando o consumo da bateria.
Dito isto, vejamos os modelos que existem no mercado com bateria vs pilha para ver que autonomia anunciam os seus fabricantes:
- Ratos:
- Pilha:
- Logitech M185: 1 ano com pilha.
- Logitech M190: 18 meses com pilha.
- Logitech M170 RF: 1 ano com pilha.
- Logitech M280: 18 meses com pilha.
- Logitech Ergo M575: 2 anos com pilha.
- Logitech G305 LightSpeed: 1-2 meses (é o que me dura a mim).
- ASUS TUF Gaming P306: 10 dias.
- ASUS ROG STRIX Carry: 10 dias.
- Logitech Lift: 2 anos com pilha.
- Razer Pro Click: até 3 anos.
- Razer Basilisk V3 X HyperSpeed: 11 dias.
- Razer Naga V2 HyperSpeed: 10 dias.
- Bateria:
- SteelSeries Rival 3 Wireless: 16 dias.
- Razer Basilisk X Hyperspeed: até 20 dias.
- SteelSeries Aerox 3 Wireless 2022: 10 dias.
- Logitech MX Master 2S: até 70 dias.
- HyperX Pulsefire Dart: até 3 dias.
- Logitech G703: pouco mais de 1 dia.
- Logitech G705: quase 2 dias.
- ASUS ROG Keris: até 5 dias.
- HyperX Pulsefire Haste 2: até 5 dias.
- SteelSeries Aerox 5 Wireless: até 8 dias.
- Corsair Ironclaw RGB Wireless: até 3 dias.
- Logitech G502 Lightspeed: até 4 dias.
- Logitech G Pro: até 5 dias.
- SteelSeries Prime Wireless: até 5 dias.
- SteelSeries Aerox 9 Wireless: até 8 dias.
- Corsair Dark Core RGB PRO: 2.5 dias
- Corsair M65 RGB Ultra Wireless: 5 dias.
- ASUS ROG Chakram: 3 dias.
- Razer Basilisk Ultimate: 5 dias.
Existem 2 padrões:
- Quanto mais pesado o rato e mais sofisticado é, menos autonomia tem.
- As pilhas oferecem mais autonomia do que as baterias, mas apenas em gamas médias-baixas (menos de 50 euros).
O desempenho terá o custo de ter de carregar o rato com mais frequência, enquanto existem opções como o Logitech G305 LightSpeed realmente interessantes: muito leve, com pilha e autonomia de cerca de 2 meses.
Não apresento a comparação de pilha vs bateria em teclados porque é mais do mesmo, além de que em teclados existem mais baterias do que pilhas.
Peso
Embora a maioria das pilhas sejam AA em ratos, digo-vos que os ratos sem fios mais potentes e sofisticados chegam aos 100-110 gramas sem desmanchar-se. Dito isto, ratos ergonómicos como o Logitech MX Master 2S pesam muito mais (145 gramas) do que os que usam pilhas e são menores.
Digo-vos que o peso está muito relacionado com o tamanho do rato, mais do que com a bateria ou as pilhas. Digo isto porque os ratos a pilhas da Logitech para portáteis são minúsculos e pesam muito pouco. Agora bem, quando entramos em ratos gaming sem fios… a coisa é outra.
Além disso, as baterias não são muito grandes nestes dispositivos, sendo mais pesadas em smartphones ou tablets.
Substituição, o que acontece quando a bateria se degrada e perde vida útil?
Este é o grande dilema das baterias vs pilhas: ambas se degradam, com a diferença de que as últimas podem ser facilmente substituídas. De facto, vi que há muita questão sobre se se perde desempenho no rato à medida que a bateria se degrada.
Dizer que o desempenho não depende da bateria em si: só te dará problemas quando a bateria estiver quase vazia. Se o rato estiver bem carregado e der problemas, então temos de verificar a conexão sem fios ou o sensor óptico.
As baterias que se usam nos ratos sem fios degradam-se da mesma maneira que as dos smartphones ou portáteis. É verdade que não se costuma dar "tanta canseira" como aos dispositivos mencionados, para não falar das intempéries a que estão expostos os portáteis ou telefones (clima sobretudo).
Com tudo isto, as chaves são:
- As baterias em ratos e teclados demoram a degradar-se, por isso terás quase toda a capacidade original durante anos.
- Se estiver na garantia, contacta a loja ou o fabricante.
- O uso daA bateria e a responsabilidade de carregar são essenciais quando se trata de desacelerar ou acelerar a degradação.
Pilha recarregável não é o mesmo que pilha substituível
Vemos muita confusão com estes 2 tipos de pilhas, e, embora por fora sejam iguais, por dentro não o são. As pilhas substituíveis são o consumível de toda a vida: usas, e quando o dispositivo não funciona, trocas.
As pilhas recarregáveis não se deitam fora, mas sim recarregam-se novamente para serem usadas de novo. Dizer-vos que é o sistema que mais interessa, embora se fores “um desastre” para manter isto, umas pilhas normais vêm-te a calhar.
Agora bem, o uso de pilhas substituíveis polui muito, devendo ser recicladas quando se deitam ao lixo.
A comunidade concorda que a melhor opção é a pilha recarregável.
Cuidado com a porta de carregamento: pode estragar-te
Isto só acontece nos ratos sem fios, mas já vimos que os fabricantes mudaram a porta de carregamento. Há anos, víamos modelos que carregavam pela parte inferior do rato, o que impedia que pudéssemos usar o rato enquanto o carregávamos.
De qualquer forma, faço a nota caso encontres algum modelo que te dificulte as coisas e o ponderes antes de comprares.
Conclusão: pilha vs bateria
Eu fico com as pilhas recarregáveis em vez das baterias, mas é verdade que acima dos 100 euros só há bateria. As marcas ficam mais tranquilas alimentando os seus produtos com produtos homologados, do que com pilhas de qualquer fabricante.
Não percas o nosso catálogo de ratos e teclados sem fios porque costumamos colocar descontos “ninja”.
