O que é um ecrã Super AMOLED e as suas características
Super AMOLED é um ecrã AMOLED que tem sensores táteis integrados numa única camada. Segundo a Samsung, este ecrã consome 20% menos energia do que um AMOLED, é 20% mais brilhante e recebe 80% de reflexo da luz solar.
Graças ao facto de esses sensores táteis serem incorporados num único painel, podemos ver telefones mais finos, algo que não acontece com AMOLED. Devem ter reparado que para explicar o Super AMOLED temos de partir da base, que é o AMOLED, certo?
Mas, o que é o AMOLED? As suas siglas significam “Active-Matrix Organic Light-Emitting Diodes” (díodos emissores de luz orgânicos de matriz ativa), e é que atrás de cada pixel encontramos tiras finas de transistores com um filme fino. Através destes transistores passa a eletricidade, ajudando a que a corrente se mova por todo o ecrã de forma rápida.
É por isso que a Samsung tem Super AMOLED com uma taxa de atualização muito rápida, já que toda a energia é transferida rapidamente de canto a canto.
A característica que mais identifica o Super AMOLED é a quantidade de nits: desde 800 a mais de 1000 sem problemas. Em muitos modelos verão picos máximos de 1300 cd/m2, mas se olharem para a Samsung, para um S23 Ultra por exemplo, verão 1750 nits de pico de brilho máximo.
Não é que seja super fã dos nits, e é um dado que deve ser considerado juntamente com outros. Dito isto, o smartphone ou tablet é um dispositivo que usamos em todas as condições de luz, e muitas vezes apanha sol quando andamos na rua. Aqui é onde um bom Super AMOLED te salva o pescoço com os seus nits máximos, acreditem que se nota!
No entanto, Super AMOLED é um termo que só vemos em tablets e smartphones Samsung, por que acham que é? Pelas funções táteis, que não é mais do que um digitalizador fundido com o painel.
Por este motivo, muitos meios e especialistas apontam que Super AMOLED é um termo de marketing porque não é mais do que um AMOLED com uma capacidade adicional que pouco tem a ver com a imagem, mas sim com o funcionamento do dispositivo.
A Samsung não é a única que utiliza termos de marketing, a Apple também o faz com os seus ecrãs Super Retina XDR, etc.
Diferenças entre AMOLED e Super AMOLED
Para esclarecer e resumir, as diferenças entre AMOLED e Super AMOLED são simples:
- Super AMOLED é um painel AMOLED com funções táteis integradas.
- Melhora o AMOLED com 20% mais de brilho, 20% menos de consumo e sendo um painel menos refletivo.
- Uma relação de contraste de 100000:1
- Melhor desempenho HDR.
Na minha opinião, Super AMOLED é muito interessante em relação aos nits que vamos desfrutar do nosso ecrã, cuidado com o sol no verão!
Dynamic AMOLED
Outra invenção da Samsung lançada em 2019 que pega como base o AMOLED padrão, mas que introduz como características diferenciadoras o HDR10+ e a redução de luz azul que emite o painel. Por sua vez, existe o Dynamic AMOLED 2X, cujas novidades se baseiam em melhorar o espaço de cor, mais brilho e um desempenho HDR interessante.
Dizer que Dynamic AMOLED nasce como uma evolução do Super AMOLED, ou assim o define a Samsung no seu site oficial.
Outra característica do Dynamic AMOLED 2X é que suporta 120 Hz de taxa de atualização, algo cada vez mais exigido em smartphones. No início, muitas críticas foram feitas aos hertz altos em smartphones, mas bastou a Apple incluí-lo e, voilà!
Podíamos entrar a avaliar se é outro termo de marketing porque não deixa de ser uma AMOLED melhorada, já que a Dynamic AMOLED 2X está nos Fold e Flip, caracterizados por dobrarem.
¿OLED ou Super AMOLED para smartphones?
Sabiam que o OLED chegou antes do AMOLED? Pois é, o primeiro dispositivo OLED foi construído pela Eastman Kodak Company em 1987, embora tenha demorado muito a padronizar-se. Logicamente, comparamos OLED com o AMOLED porque são os painéis base.
Sei que muitos de vocês têm dúvidas entre o Super AMOLED e o OLED porque há smartphones Android que optam pelo primeiro, enquanto que o iPhone aposta tudo no OLED (também alguns Android). Comecemos com asdiferenças:
- Na essência, o AMOLED é OLED, mas a diferença básica é o material orgânico: OLED tem materiais orgânicos entre os condutores do ânodo e cátodo de um LED (daí o “O”).
- O OLED não tem retroiluminação e cada pixel pode ser desligado individualmente. Os AMOLED têm uma matriz TFT para controlar todos os pixels.
- A relação de contraste do OLED é infinita, enquanto que a Samsung ou as marcas que usam um Super AMOLED vão querer conquistar-te com o “contraste dinâmico”. Dá uma olhada no post em que falamos sobre relação de contraste.
- Devido aos materiais orgânicos do OLED, é mais propenso a queimar. Refiro-me a que perca a luz natural do painel quando lhe damos o máximo brilho, não ao burn-in dos televisores.
- Os painéis Super AMOLED oferecem mais nits aos utilizadores porque estão retroiluminados.
- Além disso, os painéis AMOLED usam menos energia em comparação com as OLED, embora não acredites que a diferença seja abultada.
Queres um terminal com painel Super AMOLED ou Dynamic AMOLED? Dá uma olhada nos Samsung Galaxy, nos OnePlus e Xiaomi topo de gama porque sempre levam um.
